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sábado, 30 de junho de 2012

Tem Finalidade?

Não são poucas as atividades que tantos fazem que não servirão para nada. Quantos relatórios você já fez no meio corporativo que revelaram um certo cenário, pedindo um posicionamento, mas que não gerou nenhuma atitude? Quantas regrinhas estúpidas criadas por alguém em determinado local apenas para mostrar que mandava, mas que não possuíam nenhum sentido e, por conta disso, não "colaram"?
Realmente não são poucos os exemplos, caso queiramos enumerá-los, e aí fica a pergunta necessária de se fazer: Tem finalidade?
Se um dia resolver apenas fazer o teste de colocar esta questão no quadro de atividades que realiza, verá que muitas coisas estão ali apenas para "cumprir tabela".

No Direito dizemos que uma lei quando é criada, surge para um determinado fim. Por exemplo, a Lei Seca, lei que proíbe que motoristas dirijam alcoolizados, foi criada não para evitar que as pessoas se matem nas estradas enquanto estão bêbadas, prevendo o bem-estar de todos (ao contrário do que muitos, ou melhor, a maioria pensa, ou ainda, o que o governo quer que pensemos...), mas para diminuir os gastos do governo com estes transtornos... Enfim, finalidades à parte, há uma finalidade!

Então, partindo deste princípio, eu, particularmente, tenho um pequeno problema com coisas que não tem finalidade, pois se é opcional, e não necessário, tenho a opção de escolher ou não fazê-lo, o que geralmente acaba com a escolha de não fazê-lo. O problema nisso tudo é que há tantas coisas que não levarão a lugar nenhum e mesmo assim prende tantas pessoas, ocupa tanto tempo, tanta atenção e no final não tem finalidade alguma, mas mesmo assim escolhemos fazer apenas para justificar que estamos fazendo alguma coisa, que somos necessários, enquanto tantas coisas que realmente tem finalidade esperam, distantes dos olhos de todos.

Acredito que é preciso haver uma reeducação neste sentido, pois aí, se há um sentido, automaticamente haverá empenho, comprometimento e interesse!


Quem é o Culpado?

Há algum tempo um dos meus posts levou minha amiga, Lya Alves (História em Quadrinhos Guerreiros de Deus), e eu a entrármos num debate muito bom sobre uma situação corriqueira: pessoas que abandonam a Deus.

Conversávamos sobre pessoas que saem de igrejas devido a alguma atitude que alguém tenha tomado e, por consequência, abandonam inclusive a Deus!
Quero aqui enfatizar que estar em uma igreja não é o fator determinante para a salvação de alguém, pois estar dentro de uma instituição não garante nada diante de Deus, assim como não é necessário que se esteja em uma para obter a salvação, afinal esta é alcançada através da fé em Jesus Cristo (Jo 3:16). É lógico que dentro de um local onde o foco esteja alinhado neste sentido, obter este resultado é mais fácil.

Sim, existem pessoas fracas, que precisam ser ajudadas, e ajudá-las é nosso dever, mas em primeiro lugar nós precisamos entender que Deus é Deus acima de tudo, acima das falhas de qualquer pessoa, acima de instituições, para que nós tenhamos firmeza em nós para podermos ser alicerces para os outros, afinal, Deus não pode ser visto pelas ações de seus representantes aqui na terra, pois Ele não é susceptível a erros como estes.

É preciso entender que não precisamor procurar por culpados, por alguém para que possamos apontar nossos dedos (e não devemos fazer isso), mas entender a natureza de Deus, a Sua mente tão mais alta que a nossa e manter nossos olhos Nele, não ao nosso redor!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Qual é o Propósito?

Nos últimos dias um assunto que há muito tempo ouvi falar voltou fortemente à memória: Algo chamado de "Princípio 80/20", também conhecido como "Princípio de Pareto".
Neste princípio, tão mencionado entre pensadores da nossa época, dentre eles posso citar John Maxwell, há a afirmação de que, de maneira generalizada, 80% dos resultados obtidos são gerados por 20% dos meios.

Então, por exemplo:

  • 80% do congestionamento de uma cidade é gerado por 20% das ruas;
  • 80% das vendas de uma loja são obtidos por 20% de seus produtos;
  • 80% da produtividade de uma empresa, ou setor, é obtida por 20% de seus colaboradores.
O interessante é que podemos aplicar tal regra em praticamente tudo, inclusive nossas vidas, por isso, 80% do que realizamos num dia, por exemplo, será realizado em 20% do mesmo!

Mas o ponto onde quero chegar com esta afirmação é: Qual é o propósito de nossas vidas?


Há algum tempo li em um site uma crítica negativa ao livro de Rick Warren, "Uma Vida com Propósitos", onde o crítico ironizava o fato de que o escritor enfatizava a necessidade de se ter propósito em nossas vidas, como se isso fosse algo fácil, que todos, instintivamente, fizessem!



Infelizmente muitos vivem sem propósito, sem direção, sem metas, enfim, vivem uma subvida! Como conseguir chegar a algum lugar quando não se sabe quem é, onde está e para onde quer ir?

É de extrema importância detectar o que é necessidade, prioridade e, a partir daí, concentrar as energias nesse foco. Quando descobrimos quais são os nossos 20% de potencialidades, talentos, habilidades, fica mais fácil de atingir nossos objetivos, pois estaremos concentrando energia naquilo que realmente queremos, sabemos e gostamos de fazer!

Tudo parte do princípio de cortar as arestas, o que é supérfluo, e manter apenas aquilo que é necessário, de fundamento. Se todos pensassem assim, acredito que a realidade, que as vezes é tão burocrática, enrolada, seria diferente!


Eu sou Transparente...



Ouço muita gente falar "sou transparente com todas as pessoas", mas aquele que tiver a pretensão de afirmar isso com toda a certeza, das duas uma: ou é um mentiroso, ou alguém inocente demais (senão ignorante demais)!
Não estou defendendo que se minta para alguém, longe disso, mas vamos lá... Reanalise essa afirmação!
Ser transparente é muito mais do que falar a verdade ou não. É estar na mão de alguém, exposto, "nu".

Já sabemos o que acontece quando não filtramos as pessoas em quem confiamos (e aqui me refiro àquelas pessoas em quem confiamos mesmo, a ponto de confidenciar todas as coisas), quais as consequências que sofremos. Que o diga o caro José, filho de Jacó, também conhecido como José do Egito! No livro de Gênesis dos capítulos 37 ao 50 vemos a saga deste homem que contou tudo o que Deus lhe mostrava para os seus pais e irmãos e como isso o levou, devido a inveja de seus próprios irmãos, a ser vendido como escravo, entre outras desventuras...

Por isso selecione seus verdadeiros e leais amigos, afinal de contas você não confia, e nem pode, em todos para ser transparente com eles, além de que muitas pessoas simplesmente não se importam!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Amar ou Acusar?

Recentemente fiquei triste ao constatar que um velho hábito ainda vive e muito bem entranhado entre nós: o julgamento!

Posso citar muito bem os efeitos dessa prática por muitas vezes sentí-lo na pele, por algumas razões particulares, como a reação que algumas pessoas tem ao ver minhas tatuagens, ou ao saber que sou vocalista de uma banda de metalcore (porque aí só pode ser drogado...), tendo ainda no contexto o fato de ser Pastor (como!?), mas enfim... O foco aqui não é me colocar na posição de vítima desse ato, mas tentar mostrar o assunto de uma perspectiva justa, onde ninguém, sendo representante de qualquer tribo urbana ou organização tradicional, seja apontado ou acusado, pois entendo que o caráter não é representado pelo esteriótipo, mas antes pela postura, pela conduta!

Seja você branco ou negro, alto ou baixo, gordo ou magro, vestido da maneira que estiver, enfim, na situação que estiver, Deus te ama do jeito que é, e ponto! Infelizmente muitas pessoas ainda não entenderam isso. O famoso "Deus é amor"¹ juntamente com a conduta que Jesus teve ao habitar esta terra mostram isso de maneira clara, mas ainda assim as pessoas procuram encontrar meios de apontar o dedo, ao invés de amar e, ainda que hajam falhas (pois atire a primeira pedra aquele que nunca errou²), esquecendo-se de amar e perdoar, pois "o amor cobre uma multidão de pecados"³.

É preciso que tenhamos o foco de não querer ser juizes, mas antes disso mensageiros que buscam levar as boas novas.

Amando estaremos levando algo que muitas pessoas nunca sentiram, e aí Deus terá um campo para agir, pois este mundo frio não tem amor para oferecer, pelo menos não aquele amor real, sem segundas intenções, e isso faz uma falta tremenda na vida de qualquer pessoa!

As vezes é preciso refrescar a memória sobre como Jesus agiu e como deveríamos igualmente agir...



¹1 Jo 4:8
²Jo 8:7
³1 Pe 4:8

domingo, 10 de junho de 2012

E o Pastor Morreu Picado por uma Serpente...


Antes de tudo, vejamos o versículo que embasa este post:

"E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
Pegarão em serpentes; e, se beberem alguma copisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos , e os curarão."

Marcos 16: 17 e 18.
E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
Marcos 16:17"

No último dia 27, o Pastor Mack Wolford, 44 anos, morreu picado por uma serpente na Virgínia Ocidental, Estados Unidos.
Até aí, nada demais, pois qualquer um poderia ter morrido desse modo. O detalhe é que este pastor tinha como hábito pregar usando serpentes e tendo como embasamento este versículo.
Isto deixa evidente apenas uma dentre tantas discrepâncias existentes no meio cristão com relação ao evangelho!

O pastor usou um versículo que, dentro de um contexto, tem sentido mas, na sua interpretação deu no que deu.

A Bíblia não fala em momento algum para abusarmos da bondade de Deus. Pelo contrário. Vemos na passagem em que Jesus é tentado por Satanás (Mateus 4) que, ao ser levado ao pináculo do templo, na cidade santa, e ser tentado a se jogar para baixo, pois teria os anjos que o ajudariam (e isso respaldado biblicamente), responde "também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus" (Mateus 4:7).

É lógico que, se for preciso, Deus dará suporte e graça neste momento, mas pegar uma serpente e estar à mercê da sua picada é tentar a Deus. Infelizmente além de morrer, acabou manchando a reputação do povo cristão.
E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;

Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.
Marcos 16:17-18e
E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;

Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.
Marcos 16:17-18
E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;

Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.
Marcos 16:17

sexta-feira, 8 de junho de 2012

E Diante da Morte?

Vivemos nossas vidas, pelo menos em nossa maioria, de maneira impensada, sem mensurar o que somos, qual será o nosso papel nesse mundo ou, a pergunta que não cala dentro de cada um de nós, "o que vem após o fim?"

O fato é que o ser humano tem pavor de pensar na morte. Isso é algo em que ninguém quer pensar e, se porventura, se pega num momento de reflexão sobre isso, logo dá jeito de mudar o foco, pois realmente não é algo agradável!
Até seria estranho alguém ter atração por ela, a ponto de só pensar nela e almejá-la, pois aí algo está errado.

Mas o ponto sobre o qual quero discorrer é algo que remete à um assunto que já tratei aqui: e se morrese hoje, ou agora?
Essa pergunta poderia ser respondida, ou complementada, das mais variadas maneiras possíveis, dependendo da crença de quem a menciona. Não quero, como se diz, "puxar a brasa para o meu assado", contextualizando esse assunto para a minha crença, como preferem por aí rotular, "religiosa", apesar de eu detestar esse termo; antes quero, como sempre procuro fazer ao discutir um assunto, trazê-lo de maneira imparcial e, nessa imparcialidade trago uma analogia:
Devemos pensar que o vento é sempre vento, e venta você creia nele ou não. Ele estará ali, você queira isso ou não! Tendo essa lógica como base, é preciso pensar que a morte será igual para todos que por ela passarem, creiam da mesma forma ou não, afinal esse momento chegará inevitavelmente.


Há algum tempo li um trecho de um livro de filosofia chamado "Aprender a Viver" do ex-ministro da Educação na França, Luc Ferry, onde ele diz que a filosofia leva o homem a superar o medo da morte e a necessidade de se crer na existência de Deus pelo conhecimento do que é a vida. Vamos deixar o nosso caro Luc Ferry com a sua ideia sobre a morte aberta para que possamos mais tarde voltar nela...


Dentro dos assuntos que discuto gosto muito de pegar exemplos de pessoas que não tem a mesma profissão de fé que eu, pois assim posso traçar alguns paralelos que mostram como alguns conceitos são simplesmente reais, sem que haja a interferência "religiosa" nisso e, dentro disso, quero citar Steve Jobs, já falecido e alguém que não professava a fé cristã, mas que nos deixou muito conhecimento. Em seu famoso discurso na Faculdade de Stanford há um momento que até hoje causa muita comoção: O trecho em que fala da morte.

Neste momento do discurso Steve Jobs fala do tempo em que o medo da morte é um "conceito útil, mas apenas ilustrativo" (tempo este onde a maioria de nós está agora!), e completa a frase, no contexto de quem passou por uma cirurgia para retirar o câncer do pâncreas, passando assim por um momento mais perto da morte, dizendo que "ninguém quer morrer".
E sobre essas palavras de Steve Jobs eu enfatizo em letras maiúsculas: NINGUÉM QUER MORRER...

... Embora este seja o destino de cada um de nós.

E aí quero voltar ao nosso caro Luc Ferry, que deixamos para trás, perguntando, embora este não me responda diretamente, "e quando a morte, de fato, chegar? A filosofia ou seja lá o que for poderá superá-la? Algo poderá superar a Deus neste momento?"

Aqui quero reforçar que não estou contextualizando isso para o "crentês", para a minha crença "religiosa" (já mencionei que detesto essa palavra, não é!?), mas para uma lógica onde os agentes em questão são eu (ou você) e Deus!

Tendo a pessoa de Jesus presente na vida há realmente uma superação desse medo da morte, como pode-se notar neste trecho onde as palavras de C. S. Lewis falam sobre a mesma:

¹C. S. Lewis [em idade avançada e já viúvo] escreveu uma carta na tentativa de consolar uma pessoa gravemente doente: “Será que você não consegue encarar a morte como um amigo e libertador? Ela nada mais significa do que poder despir-se daquele corpo que a está atormentando: é como tirar um chapéu ou sair de um calabouço. O que há de assustador nisso?... Teria sido esse mundo tão bom para você, que você o deixe com tanta tristeza?” Lewis procura então confortá-la com palavras que revelam seus próprios pensamentos e sentimentos relativos à sua morte: “Há pela frente coisas melhores do que qualquer uma que deixamos para trás... Acredite, o Nosso Senhor não está lhe dizendo nada mais do que: ‘Paz, filhinha, paz. Relaxe. Deixe estar. Os braços sempiternos estão bem debaixo de você... Você confia tão pouco em Mim?’ É claro que este pode não ser o fim. Então faça um bom ensaio.” Lewis assinou essa carta com: “Seu (viajante cansado e, como você, perto do fim da jornada) Jack.” [p. 249]


Então, tendo essas poucas e humildes palavras e reflexões feitas, deixo um último questionamento: E quando a morte chegar, diante da morte, como será?

Você poderá ver, agora, por dois ângulos diferentes, de três tipos de crenças existentes:

Primeiro ângulo: O que eu creio que será quando a morte chegar é que irei para o céu, tendo experiências que mostram que Deus está a minha espera mas, supondo que isso seja apenas um delírio da minha mente, apenas morrerei (como alguns creem) ou, caso haja reencarnação (o que não creio, mas há quem creia), serei um cara legal, reencarnando numa situação também boa, pois procurei viver de uma maneira justa, honesta, fazendo o bem, o que me leva a um novo nível na escala de iluminação (se é assim que é denominado). Então, de qualquer maneira, saí bem.

Segundo ângulo: Agora, caso creia que não há nada depois dessa vida ou creia que há uma reencarnação (ou uma nova chance, como preferir chamar), mas não haver nada disso, mas sim um julgamento, como creio... Aí a coisa complica!

De qualquer maneira fica a reflexão aos caros amigos que acompanham o blog e um abraço, pois no final "tudo vai depender de Quem você conhece!"...



¹Fonte: Armand M. Nicholi Jr., Deus em Questão – C. S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida. Ed. Ultimato

sábado, 2 de junho de 2012

O homem, por natureza, é bom ou mal?

Essa é uma das questões que dividem a sociedade: O homem é bom ou mal por natureza?
Dentro deste contexto podemos destacar dois grandes pensadores que influenciaram muito a maneira de ver esse assunto: Hobbes e Rousseau.
Thomas Hobbes afirmava que o homem é mal por natureza, "o lobo do homem", como citado em seu livro Leviatã. Já Jean Jacques Rousseau afirmava que o homem não é mal. Na verdade ele é bom, mas passa ao longo de sua vida por situações, pela convivência social que ao final o levarão a se corromper.

Teorias à parte, deixe-me expor qual é a minha posição quanto a este assunto, considerando, é lógico, que o ser humano é um ser integral e por isso não pode simplesmente desvencilhar-se de seus conceitos e bases ideológicas. Creio que a origem de tudo foi sim obra das mãos do Criador, pois parafraseando C. S. Lewis, "Se o universo é mau, ou mesmo um tanto mau, como foi possível aos seres humanos atribuí-lo à atuação de um Criador sábio e bondoso?"¹
Então, partindo da premissa de que Deus criou o ser humano e que o fez a sua imagem e semelhança (Gn 1:26) e mais, tomando por base que Deus é bom (Na 1:7) cremos que Deus criou um ser bom, puro, sem erros e sem mácula. É interessante ressaltar que nem mesmo Satanás, ou melhor, Lúcifer, foi criado mal, mas sim bom. Um anjo (Is 14:12-15).
À partir daí, como o ser humano possuía livre arbítrio, ou seja, poder de decisão, ele poderia fazer o que quisesse, pois Deus o deixou livre para que agisse da maneira que assim desejasse. O seu poder de decisão o levou a cometer um erro que, ao contrário do que muitos pensam, não foi o ato sexual (já que este foi um presente dado por Deus à Adão e Eva, pois como seria possível que se multiplicassem sem que houvesse o ato sexual? Um tanto contraditório, não acham?), mas sim o ato de desobedecer à uma determinação (que foi o de comer o fruto da sabedoria do bem e do mal, que não é mencionado como uma maçã, para a tristeza da maioria que desconhece o texto...) que, como havia sido alertado, levaria à morte (Gn 2:16 e 17).

Neste momento paramos um pouco com a lógica proposta para esclarecer algo, pois alguém pode dizer "mas que sádico esse Deus, deixando o homem exposto a um perigo", mas consideremos, amigos, que se não houvesse a oportunidade do fruto estar à disposição e a orientação para que não a comessem, não haveria livre arbítrio, mas sim direcionamento, manipulação, e não era essa a intenção de Deus, mas sim a de criar alguém que quisesse estar ao seu lado e pudesse escolher isso. Mas voltando...

No momento em que o homem come do fruto do conhecimento do bem e do mal os seus olhos são abertos para algo que até então não o ameaçava: o homem foi, de certa forma contaminado (Gn 3:6 e 7).
Agora o homem é 50% bom e 50% mal. Toda a pureza inicial já não existe.

Partindo deste contexto, creio que o homem nasce bom, pois é algo ininteligível dizer que uma criança recém nascida tenha maldade, mas o contexto em que e as pessoas por quem será criado, as experiências pelas quais passará ao longo da vida e, mais tarde, quando tiver poder de decisão, farão a diferença na sua maneira de viver e se este será bom ou mal!

Há uma velha lenda indígena que diz termos dois lobos habitando em cada um de nós, um bom e um mal, e vencerá aquele a quem alimentamos! É como se fôssemos um exemplar vivo da velha história "Jekyll and Hyde" (Conhecida por nós como "O Médico e o Monstro"), onde somos o Jekyll, a personalidade boa, lutando contra o lado obscuro, o Hyde que cada um de nós possui.



¹Extraído do livro O Problema do Sofrimento - C. S. Lewis