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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Crítica às Críticas


É bom poder voltar por aqui para escrever algo depois de alguns meses. Finalmente é chegado ao final mais um semestre de estudos e, devido à isso, podemos desviar um pouco o foco de assuntos acadêmicos (embora isso nunca aconteça de fato) para assuntos que verificamos no dia a dia.

O tema que abordo neste post é a crítica. É um assunto que está em voga atualmente, já que todos parecem querer protestar/criticar, e mais, contra tudo e contra todos.
Mas o problema não são as críticas em si. Se essas ocorressem de maneira inteligente, coerente, tudo bem! O detalhe está em como as pessoas criticam, sem saber o mínimo para poder utilizar essa ferramenta.

Para dar fundamento ao post, deixo aqui o registro que fiz dias atrás no twitter (embora sejam apenas 140 caracteres é um bom espaço para guardar pequenos insights - mas não mais do que isso!) sobre a minha indignação, ou seja, a minha crítica às críticas:


Eis o cerne da questão: De um lado temos aqueles que sabem criticar - os que têm conhecimento da causa, e se não o têm, o buscam, pesquisam, procuram entender, formulam a ideia e aí, apenas a partir daí, direcionam sua crítica, sendo esta inteligente, embasada, contextualizada!
Do outro está a grande maioria da população, pessoas que apenas seguem a linha, ouvem e repetem, não refletem, mas pensam que gritando mais alto estarão com a razão!
Hoje em dia se critica a tudo e a todos, sem critérios, sem razão. Apenas pelo simples ato de criticar, pois assim "estarei na massa, no meio de tantos que fazem isso e, por consequência, deve ser algo interessante ou certo de se fazer, por isso também farei..."

Infelizmente essa é a sociedade em que vivemos, uma sociedade onde não se pensa, direcionada por poucos, sendo que estes poucos detêm meios de comunicar suas vontades e essas são apenas repetidas, sem reflexão pela grande massa.

E aqui adentro um pouco mais no assunto, pois há o momento em que começamos a despertar, a ver o cenário que nos cerca, mas (perigosamente) norteados por alguém que admiramos (e não digo que não se possa ter alguém em quem se espelhar, mas que seja preciso ter essa base - as ideias de alguém - mantendo a crítica sadia funcionando) acabamos por sair do grande cesto do senso comum para adentrar em outro contexto que acaba por repetir um pouco desse mesmo senso comum, embora não tão evidente. Para contextualizar isso, deixo mais um tweet que demonstra como essa ideia tem ocupado meus pensamentos ultimamente:


Aqui está a pergunta que não quer calar: e quando o meu senso crítico não é meu, mas é apenas o mimetismo, a imitação exata de algo ou alguém que admiro e que não passa pela minha reflexão?
É preciso sempre manter a consciência de que, como pode-se ver neste trecho brilhante de C. S. Lewis, "ser descendente de Adão e Eva é honra suficiente grande para que o mendigo mais miserável possa andar de cabeça erguida, e também vergonha suficiente grande para fazer vergar os ombros do maior imperador da Terra", ou seja, ninguém de natureza humana é imune a erros, portanto, todos devem passar pelo crivo da crítica.

Fico extremamente triste ao ver pessoas influentes, seja na mídia, em faculdades, em empresas, enfim, com ideias deturpadas, conceitos mal formados, e muitas vezes tendo o acesso às informações corretas, mas ainda assim moldando mentes que estão submetidas à suas influências para serem cada vez mais acríticas, mas acredito que isso é algo que devemos combater, lutando pela quebra das correntes nas mentes, pois não é de hoje que sabe-se que conhecimento é poder.

Valeu galera!

P.S.: Pretendo postar mais algumas coisas aqui antes que a faculdade me mate!

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