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domingo, 14 de julho de 2013

O Télos de Aristóteles


É interessante perceber como alguns assuntos já fazem parte de nosso repertório antes mesmo de o sabermos em sua totalidade, mas de repente por senti-los, por serem perceptíveis, embora não identificáveis/explicáveis, ou ainda por fazerem parte do que somos na essência.

Esse é o caso do "télos", algo que acabei por estudar em hermenêutica jurídica nesse semestre pelo qual passei.

Como está registrado neste blog (ou no meu blog, caso esteja lendo este post em outro site que vincula minhas reflexões) há mais de um ano, esta ideia da finalidade (ou do télos, com já citado) já faz parte do que penso, mas não abordado dessa maneira.

Segundo a lógica de Aristóteles, as decisões deveriam, para haver justiça (Justiça Distributiva Aristotélica), ser tomadas avaliando a finalidade de cada uma. Nada mais lógico, já que para se chegar à algum lugar é preciso se avaliar a razão de lá chegar.

Outro ponto que Aristóteles avaliava era o mérito, ou seja, alguém receberia algo quando merecido, e, quando recebido algo, isso seria segundo o seu mérito.

No meio jurídico essa lógica chamada de teleológica evita discricionariedades, ou seja, decisões arbitrárias baseadas no que "eu penso ser o melhor", ou seja, segundo a "minha consciência". Essas decisões arbitrárias são tomadas por pessoas denominadas "solipsistas", ou seja, egoístas, que de fato não se importam com o resultado.

Mas, saindo um pouco do âmbito jurídico, a vida em si seria mais justa se decisões fossem tomadas avaliando-se suas finalidades, e as pessoas certas fossem premiadas.
Se uma lógica teleológica (e aqui quero enfatizar que o termo é "teleológica" e não "teológica", senão todo o contexto até aqui desenhado se perde...) fosse adotada em cada decisão a ser tomada, muitas atividades do cotidiano seriam otimizadas, tantas outras deixariam de existir por serem irrelevantes, e decepções deixariam de existir, ou pelo menos diminuiriam, já que se saberia quando um resultado seria obtido, e mais, quais pessoas o obteriam!

Mas como vivemos numa sociedade complicada, injusta e cercada de mazelas, temos que conviver com a incerteza e com a sorte, embora esperar pela sorte seja algo que apenas preguiçosos façam!

Então é isso... Por hoje divaguei demais!

Abraço galera!

Até a próxima!

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