Sou um confesso apreciador da leitura e defensor deste hábito, e mais, estimulador do mesmo para aqueles que estiverem abertos à proposta. Mas algo que comecei a avaliar há pouco tempo é que não são apenas os livros que estão disponíveis à leitura, mas a vida em si é um objeto que merece atenção e análise.
Se pararmos para analisar, tudo ao nosso redor, como uma música, um filme, um poema, uma pintura, tudo pode ser lido e vinculado a algum tema como um exemplo ou ainda complemento, visto muito além apenas da superfície, e isso dependerá apenas da curiosidade de quem estiver por perto para ver.
É algo como o que acontece com o garotinho do filme "O Som do Coração", que conseguia ouvir música nos mais singelos detalhes da natureza, desde o simples farfalhar do pasto até os sons mais altos como o trânsito numa grande cidade. Isso é poder fazer uma leitura, extrair um sentido, uma inspiração de algo considerado por muitos como apenas rotineiro, embora neste caso seja algo mais abstrato, pessoal, diferente de algo direcionado como acontece com um livro, onde o objetivo já está traçado pelo escritor. Acredito que exatamente por isso se torne uma leitura interessante, pois você está à mercê apenas de sua própria imaginação, sem depender de mais ninguém.
Dentro deste tema, muitas vezes me condeno, me perguntando: porque tenho que ficar ponderando tudo, sempre
questionando, sempre divagando e olhando todas as coisas além da
superfície? E o engraçado disso é que acontece naturalmente, pois quando
menos espero já analisei inúmeras variáveis dentro de um determinado
assunto... A leitura já aconteceu. Mas por outro lado vejo que isso é uma especificidade que Deus me deu, e O agradeço, pois consigo ter momentos incríveis comigo mesmo enquanto faço algo como escutar uma música ou qualquer outra coisa considerada por muitos como banal.
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