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domingo, 29 de julho de 2012

Sem Asas

Infelizmente para algumas coisas na vida a nossa própria e única decisão não basta para gerar algum resultado. Precisamos que outros escolham entrar na causa juntos, e este, por exemplo, é o caso de uma banda.
Mais do que pessoas que simplesmente gostam do mesmo tipo de música, uma banda é composta por pessoas que pensam de maneira igual, que têm a mesma visão, os mesmos valores. É como uma missão onde só você sabe o que quer, o que deve fazer; só você sabe qual é a razão para a qual você existe e, por incrível que pareça, estas pessoas que estão junto com você na empreitada, também sentem a mesma coisa.

Essa talvez seja a causa pela qual a Mensageiro, a banda na qual sou vocalista, estar há algum tempo fora de ação, por não conseguirmos encontrar pessoas que tenham os mesmos pensamentos, princípios e objetivos.

É claro que um grande fato que colabora para isso é morarmos em uma cidade no interior do Rio Grande do Sul. Nada, absolutamente nada, contra o estado ou a cidade, pois as amo. O que quero enfatizar neste ponto é que não existem muitas pessoas nessa região que gostem ou toquem metalcore, e algumas dessas, que poderiam ser companheiros em nossa luta, não têm a postura esperada para estar debaixo do nosso brasão, o que, acredito, seria diferente se estivéssemos em um local com um número maior de pessoas e, consequentemente, de possibilidades.


Então me sinto como um leão sem dentes, ou numa melhor analogia, como um anjo (Mensageiro) sem asas para poder atingir meu objetivo.


Sei que algum objetivo, alguma razão desconhecida à minha filosofia e lógica há para esta demora.
De qualquer maneira continuo na minha luta, sem desistir ou recuar!



sábado, 21 de julho de 2012

Meu Erro

Seguidas vezes em minha vida passo por situações paradoxais, as quais acredito que sempre acontecerão até o fim dos meus dias.

Tendo em mente, como premissa, que sou pó e que em algum dia ao pó voltarei, contendo apenas uma centelha de sopro divino que me mantém, em certos momentos me alegro por ter atingido algum alvo, por ter dito a palavra certa num momento oportuno ou por ter tirado uma nota boa numa prova e, como qualquer ser humano, começo até mesmo a acreditar, nem que seja por um momento, que sou realmente bom, mas aí lembro que a preparação para que tudo isso pudesse acontecer e o tempo investido foram muito maiores do que o tão insignificante relance em que aconteceu. Então quando atinjo algum alvo não é porque naturalmente sou bom, mas porque treinei muito para isso; quando digo a palavra certa em algum momento oportuno não foi por ter um grande repertório de palavras, mas porque li muito a ponto de saber que aquela palavra tinha tal significado e ali se enquadraria; quando tiro uma nota boa numa prova não é devido ao conhecimento que possuía num primeiro momento, mas porque estudei, isolando o que achei ser o essencial para que o restante não me atrapalhasse e memorizando este material, embora isso não me leve necessariamente à nota dez todas as vezes. Por isso chego a conclusão que na verdade aquele primeiro pensamento que insiste em surgir, que sou bom, era uma ilusão e este sentimento se dissolve diante dessa reflexão.

Por outro lado penso em ter cuidado inclusive com este sentimento que quer aparecer agora, quando tento evitar o orgulho por aparentemente ser bom em algo, pois se quero admitir que sou humilde (e isso como uma virtude) em não ter orgulho por fazer algo, é exatamente o oposto o que acabo fazendo, me contaminando com o orgulho que espreita pelo outro lado, por admitir ser humilde, pois penso que uma virtude não pode ser admitida como tal se me gavo por tê-la. E além destes argumentos aparece algo mais forte aqui: A vontade e as ações que tenho são espadas de dois gumes em minhas mãos, servindo tanto de bem quanto de mal, não que deseje a segunda opção, mas porque a minha condição humana e falha é susceptível à ela, que insite em aparecer dia após dia.

O que acontece então é que, enquanto cuidadosamente procuro fazer tudo da melhor maneira possível, com as melhores atitudes possíveis, as melhores opções analisadas e consideradas, o maior cuidado tomado, construindo lentamente e com toda a atenção o meu castelo de cartas, algum deslize acontece e tudo aquilo que, até então, foi construído, desaba...



Em um momento, através de uma palavra tola, alguém é magoado; em outro, devido à uma atitude tomada em momento inoportuno ou ainda uma omissão, um dano irreparável ocorre quando um coração se parte e não há palavras que possam remendá-lo.

Aí fica evidente que toda aquela aparente bondade que possuía realmente não pode ser tão grande assim, pois como eu poderia causar tantos danos sendo tão bom como pensava?
E a pergunta que sei que nunca será respondida, pelo menos em vida, é: Qual é a proporção ideal?
Dizem que há para tudo na vida a chamada Divina Proporção, mas aparentemente, para este âmbito, mais abstrato, ela não tem eficácia.

No final das contas sou apenas o que sou, humano, falho, precisando andar um passo de cada vez para poder reconhecer o terreno (em alguns momentos me alegrar por atingir uma meta, em outros aprender com meus erros e pedir perdão por ter magoado alguém), e depender de uma Graça que me tire de onde estou, pois pelas minhas próprias mãos não conseguirei ir muito longe. Acredito até mesmo que esses colapsos, esse deslizes estão dentro de um plano para que, dentro das minhas limitações, não venha a pensar que sou além daquilo que sou: Pó!



quinta-feira, 19 de julho de 2012

A Vida: Objeto de Leitura

Sou um confesso apreciador da leitura e defensor deste hábito, e mais, estimulador do mesmo para aqueles que estiverem abertos à proposta. Mas algo que comecei a avaliar há pouco tempo é que não são apenas os livros que estão disponíveis à leitura, mas a vida em si é um objeto que merece atenção e análise.

Se pararmos para analisar, tudo ao nosso redor, como uma música, um filme, um poema, uma pintura, tudo pode ser lido e vinculado a algum tema como um exemplo ou ainda complemento, visto muito além apenas da superfície, e isso dependerá apenas da curiosidade de quem estiver por perto para ver.

É algo como o que acontece com o garotinho do filme "O Som do Coração", que conseguia ouvir música nos mais singelos detalhes da natureza, desde o simples farfalhar do pasto até os sons mais altos como o trânsito numa grande cidade. Isso é poder fazer uma leitura, extrair um sentido, uma inspiração de algo considerado por muitos como apenas rotineiro, embora neste caso seja algo mais abstrato, pessoal, diferente de algo direcionado como acontece com um livro, onde o objetivo já está traçado pelo escritor. Acredito que exatamente por isso se torne uma leitura interessante, pois você está à mercê apenas de sua própria imaginação, sem depender de mais ninguém.

Dentro deste tema, muitas vezes me condeno, me perguntando: porque tenho que ficar ponderando tudo, sempre questionando, sempre divagando e olhando todas as coisas além da superfície? E o engraçado disso é que acontece naturalmente, pois quando menos espero já analisei inúmeras variáveis dentro de um determinado assunto... A leitura já aconteceu. Mas por outro lado vejo que isso é uma especificidade que Deus me deu, e O agradeço, pois consigo ter momentos incríveis comigo mesmo enquanto faço algo como escutar uma música ou qualquer outra coisa considerada por muitos como banal.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Caminho

Dizem que todos os caminhos levam a Deus. Não há alguém que não tenha escutado este ditado ou até mesmo o tenha citado. Algo que costumo dizer quanto a isso é: Então experimente pegar todas as estradas e ver se elas te levarão ao mesmo local!
É claro que tratando deste assunto num âmbito espiritual, a cena estrutural disso é irrelevante, inútil, já que acredito não haver uma limitação espaço/tempo, o que gera uma visão diametralmente oposta do nosso plano físico, lógico e perceptível, ou seja, caminhos opostos não ofereceriam necessariamente chegadas opostas mas, pelo contrário, creio haver uma cena onde uma opção (e aqui entenda-se caminho) anularia automaticamente a outra, anulando por consequência o seu objetivo, o que, em suma, não levará ao mesmo ponto.
Há algum tempo, quando vi a capa do álbum "Course of a Generation", da banda Narnia, foi exatamente este assunto que surgiu em minha mente.


Ao ver esta capa vislumbrei nossa geração cercada por tanto conhecimento, tantas filosofias, tantas organizações oferecendo soluções, tantas aparentes "respostas", mas todas apontando em diferentes direções, o que deixa a todos tão perdidos nos seus caminhos...
É preciso ressaltar que todos esperam encontrar a Deus, embora alguns não admitam isso racionalmente. Para entender isso é preciso voltar no tempo ao período onde as informações não podiam ser compartilhadas como hoje, onde as pessoas não imaginavam que houvessem outros povos habitando ao redor do globo, separados por cadeias de montanhas ou oceanos e, no entanto, todos buscavam à alguma divindade, independente do nome pelo qual a chamassem. Isso é fato. Indiscutível.
Até mesmo hoje aquele que diz não crer em deus algum adora à alguma coisa, nem que seja à sua própria imagem no espelho, ou seu conhecimento. Ou ainda o seu dinheiro ou poder. Enfim, de qualquer maneira há um foco, algo que se torna um objeto de adoração. Isso é uma necessidade encontrada no ser humano.

Não faço apologia à igreja alguma, pois sendo organizações humanas, estão susceptíveis a erros como qualquer outra organização, mas creio num caminho e o único que realmente leva ao tão desejado destino, que é Deus. Segundo a passagem de João 14: 6 podemos desvendar qual é este caminho:

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
João 14:6
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

Então vemos através deste versículo que O CAMINHO é Jesus. Dentro disso há algumas palavras que Bono Vox, vocalista do U2, falou certa vez que eu tomo como referência quanto à esta afirmação de Jesus. Foi algo como: "Jesus foi como Charles Manson, um maluco total, ou, em minha opinião, foi quem ele disse que era (filho de Deus). E estamos diante de uma escolha muito difícil."

É claro que a decisão por qual caminho seguir é pessoal, e o que eu ofereço aqui não é nada além da possibilidade de discutir o assunto de maneira racional, afinal existem tantos caminhos aí fora, como dizem (mas sem saber ao certo qual é o destino de cada um deles...) e cada um tem o direito de escolher o que bem entender para si.

Para fechar gostaria de promover um último questionamento, ou até mesmo a abertura para uma suposição acerca do assunto:
1°) Na primeira possibilidade estou eu, com a minha crença na pessoa de Jesus, no final da minha vida, e ao morrer vejo que há outras possibilidades que não pensava, como a chance de fazer tudo de novo, como a reencarnação. Concluo que, de qualquer maneira, vou subir um nível na escala de evolução (se é assim que a chamam), pois crendo na pessoas de Jesus tive uma vida reta, o que numa lógica "evolutiva", espiritualmente falando, me faz subir.

2°) Na segunda possibilidade eu não creio na pessoa de Jesus, nem que haja um julgamento no final, mas creio que haja algum tipo de recuperação no pós-vida. Ao ultrapassar a barreira da morte vejo que estava enganado e nada daquilo que pensava (uma nova chance ou sabe-se lá o que...) irá acontecer... E daí?

Fica o pensamento!

God Bless!


sábado, 14 de julho de 2012

3:16

Não, 3:16 não é uma hora, mas sim uma referência, um versículo, e não apenas UM versículo, mas O versículo.
Na Bíblia, dentro dos evangelhos, no livro de João, nos referidos capítulo e versículo 3:16, lemos o seguinte:

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Essa passagem é, com certeza, a passagem mais conhecida de todos os cristãos (e se não é, reveja os seus conceitos!), pois aqui está o cerne, o centro de toda a lógica bíblica, de toda a revelação.
E quero usar tal referência para um tema que há muito vem me incomodando, me deixando desconfortável: Porque tantas igrejas tem perdido o foco?

Agora deixe-me explicar. Se tivéssemos que escolher, isolar o que é necessário e supérfluo, entre o que realmente é o cerne e o que é a periferia do assunto, quantas denominações realmente estariam pregando a essência, a essência de que Jesus morreu numa cruz voluntariamente pelos nosso pecados, para que pudéssemos ser livres?
Antes que alguém cogite a possibilidade de eu estar defendendo a minha denominação, já adianto que não estou! Estou aqui apenas como um ministro, neutro, defendendo a ideia central, fora de contaminações e/ou tradições humanas (ou, situando o assunto, o "supérfluo", como mencionado anteriormente), como preferir chamar.

Vejo várias denominações, e não vou citar nomes aqui, pois seria antiético, defendendo em primeiro lugar as suas tradições, a sua história, as suas roupas, a sua música e demais parafernálias tradicionais enquanto apontam dedos em crítica às outras denominações que não seguem o seu padrão, como se estivessem erradas por conta disso, mas sem enxergar que todos estão do mesmo lado desde que preguem o referido versículo de João 3:16!

Onde vamos parar deste jeito? Onde está o foco? Ok... É legal ter história, é interessante ter, assim como um time tem um brasão, uma marca, uma bandeira a ser ostentada, mas usar isto contra as demais denominações que apenas são parte da multiforme sabedoria de Deus e do Seu reino (e enquadro dentro deste conceito de reino todos aqueles que realmente pregam o evangelho puro) é ignorância, e das grosseiras!

Tudo bem que tenho aquelas denominações que prefiro e aquelas que pretiro, mas estas últimas, as que não merecem a minha admiração, não a merecem devido exatamente à perda do foco, devido à promoção de coisas irrelevantes como se elas fossem o instrumento da salvação; promovem um mercantilismo religioso, abusando da fé e da boa intenção das pessoas que buscam respostas em Deus, e isso eu realmente não posso admitir, mas aí já entramos em outro assunto.

Então, em suma, quero dizer que, independente da sua denominação, ou de qualquer outra coisa, priorize o 3:16, o foco, e estaremos caminhando juntos, para Ele!

domingo, 8 de julho de 2012

Marcha Pra Jesus '12

Ontem, dia 07 de julho de 2012, aconteceu em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, a Marcha Pra Jesus 2012. Apesar do frio intenso, que os habitantes da cidade não sentiam há algum tempo, tendo uma média por volta de 7°C, o evento reuniu cerca de 18.000 pessoas, superando a Marcha do ano anterior, que reuniu cerca de 15.000 pessoas.
Foram várias denominações marchando para declarar a soberania do nome de Jesus, assim como o próprio nome do evento sugere, embora muitos pensem que é a "Marcha dos Evangélicos", ou algo do tipo.



Foi uma manifestação muito bonita de se ver, onde artistas (dançarinos, artistas circenses, músicos...) usavam seus talentos e dons para oferecer a sua adoração a Deus e muitos marchavam, ostentando bandeiras com frases como "Eu Amo Jesus".

Chegando ao destino da Marcha, O Parque da Gare, o palco montado esperava pelo grande momento do evento, onde o músico Samuel Barbosa e banda fariam o show a céu aberto. Este foi o momento mais interessante do evento (o que mencionarei logo mais), onde grande número dos presentes permaneceram apesar do frio que fazia e da chuva que começava a cair fina, piorando esse quadro.

Mas a minha intenção aqui não é dar uma de jornalista. Apenas era necessário que esses dados fossem mencionados para que o resultante deste post pudesse chegar num ponto culminante...


Eu e minha irmã, Juliana, durante o show.

Apesar da situação, do quadro não tão favorável como mencionado acima, durante o show houve aquele momento incrível que gosto de mencionar como o "Momento Você e Deus", onde não interessa nada o que possa estar acontecendo ao redor, a situação onde você se encontre, o teu estado de espírito... Nada! Aquele momento onde algo transcedental acontece, o espiritual, o âmbito invisível parece ser palpável, sendo o meio para isso, no caso de ontem, a música com instrumental pesado, apesar da denominação pop de Samuel Barbosa, e a sua ministração, levando a todos ali presentes a se conectar diretamente com Deus, sem fórmulas mágicas, ou receitas mirabolantes que os pregadores televisivos costumam vender!
Falo por experiência própria, nada que alguém tenha me contado, pois, estando na primeira fila, diante do palco, era algo em que estávamos apenas eu e Deus, curtindo aquele momento!

Samuel Barbosa.


Em suma, foi um grande evento, onde a presença sobrenatural de Deus foi realmente sentida por quem ali estava.
Foi muito bom poder ter feito parte disso!

Fica aí, pra quem não pode participar do evento e/ou pra quem esteve lá e quer curtir mais uma vez, a música "Nosso Deus" do novo álbum de Samuel Barbosa, chamado Usa Minha Vida.



sexta-feira, 6 de julho de 2012

Credo

Hoje foi um dia produtivo para mim tratando do âmbito do debate, da troca de ideias e experiências. É algo onde realmente tenho uma certa deficiência, ou até mesmo carência, por assim dizer, pois são poucas as pessoas com quem posso praticar tal atividade, ficando regularmente sedento por isso e, acredito, até mesmo sobrecarregando por vezes quem está disposto a divagar junto comigo.

Infelizmente a maioria das pessoas, das duas uma, ou não gosta de conversar, sobre o que quer que seja, ou não sabe qual é o limite da exposição de uma ideia e do desrespeito quanto ao posicionamento oposto, ou pelo menos não igual ao seu, gerando desconforto e o rompimento de uma boa conversa e/ou, até mesmo, de um vínculo entre estas pessoas.

Quem realmente me conhece sabe que procuro, e sempre procurei, ser claro ao defender uma ideia em que acredito e, quando discordo de algo, faço o possível para também mostrar que isso é a minha visão sobre a ideia discutida, nunca sobre a pessoa em si, embora não receba a mesma atitude de volta em muitas das vezes.

Então esclarecido isso, conversávamos hoje, alguns amigos e eu, sobre os mais variados temas e ideias dentro de nossas vidas, onde estavam presentes as mais diferentes crenças. Achei interessante a maneira como, de maneira agradável, todos expuseram sua ideia de maneira a deixar claro que isso era a sua posição, seu credo, mas sem que houvessem ofensas ou ataques às pessoas ali presentes com posicionamentos diferentes, ofensas que, diga-se de passagem, são muito comuns quando se trata de religiões e crenças.

É interessante avaliar sempre como esse espaço, o da escolha, do livre arbítrio deve ser respeitado, pois ninguém tem o direito, ou deve ter a pretensão, de querer impôr à força a sua crença, desde que cada pessoa é dona de suas escolhas e responsável pelas suas consequências!


quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Equilíbrio

Não é devido ao fato de que eu seja acadêmico de Direito, mas o conceito de justiça sempre foi algo pelo que prezei, desde a minha mais tenra idade.
Dentro deste contexto, há uma passagem sobre a qual gostaria de discorrer:

"Por isso, não seja bom demais, nem sábio demais; por que você iria se destruir?
Mas também não seja mau demais, nem tolo demais; por que você iria morrer antes do tempo?
Evite tanto uma coisa como a outra. Se você temer a Deus, terá sucesso em tudo.

Eclesiastes 7:16-18

Quando éramos mais novos, todos acabamos, uns mais que outros, sofrendo por sermos inocentes demais. Com o tempo, e as situações que a vida nos impôs, fomos criando resistência, ficando mais espertos, aprendendo a nos defender de determinadas situações. Aqui chegamos no ponto onde podemos contextualizar tal passagem.
O referido trecho fala sobre ter um equilíbrio, começando pelo conselho de que "não seja bom demais". Quantas vezes, por ser bom demais, alguém abusou da sua boa vontade? A passagem em Eclesiastes pergunta quando se refere ao ser bom demais, "por que você iria se destruir?".
Sim, é preciso, sem dúvida alguma, ser bom, mas não bom demais e, para se ter um ponto que gere esse equilíbrio, temos o segundo conselho que é "não seja mau demais", que vem logo na sequência. Infelizmente há aqueles que pendem demais para este lado da balança, sendo maus em suas ações.



A palavra que melhor se enquadra aqui é justiça, onde você não será nem bom demais, nem mau demais, mas agirá com equilíbrio, ou seja, de maneira justa.

Duas pessoas que, dentro desta perspectiva, tenho como referências são Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela. Os dois sofreram injustiças referentes a um determinado tema (racismo), mas, ao invés de buscarem vingança ou retaliação contra seus opressores, buscaram um quadro onde todos deveriam receber a mesma medida, ter os mesmo direitos.

No meio cristão as pessoas parecem pensar que, para se estar numa situação ou numa posição correta diante de Deus e das pessoas, devem servir, como costumamos ouvir, de capacho, sendo pisadas por todos, o que está errado e que também acontece frequentemente, pois infelizmente o pensamento que parece imperar é o famoso "a tentativa é livre", ou seja, quanto mais puder se obter de vantagem sobre alguém, melhor. Por conta disso, dessa luta de poderes, é preciso estar numa posição onde você não seja alguém mau, mas fazendo aquilo que seja bom, de maneira sóbria, equilibrada, e enfatizando, sem servir de capacho, ou seja, de maneira justa!

God Bless!