Este é um assunto sobre o qual há muito quero escrever!
É incrível como em qualquer momento ou lugar, e constantemente, seja por brincadeira ou até mesmo de maneira séria, sou questionado quanto à um assunto sério e, que, muito me aborrece: se sou ou não nazista!
Contextualizando, sou, como denominado por aqueles que gostam da prática da taxonomia, ariano (de pele branca); também, muito provavelmente (embora não comprovadamente) descendente de alemães, fora que costumo raspar a cabeça (o que, dentro de todo o contexto apresentado - e ainda há mais itens à frente -, na mente julgadora das pessoas, deve ser associado aos skinheads). Além disso (e associado a tudo o mais), as tatuagens e o gosto pelo heavy-metal devem formar um pacote explosivo!
Mas o detalhe todo é que, como aqueles que são mais próximos de mim sabem, sou o maior dos inimigos do racismo (além de não compactuar com as ideias nazistas). Detesto qualquer tipo de julgamento baseado na cor da pele de alguém, e isso, é óbvio, não se detém apenas àqueles que são negros (e não me venham com a denominação "afrodescendente", pois é só mais uma maneira preconceituosa de denominar alguém que não deve ter vergonha nenhuma de ser chamado de negro), mas a qualquer etnia.
Mas é claro que isso é o que menos interessa, desde que a maioria das pessoas não chega ao ponto de se aprofundar em conhecer a alguém, seus valores, conceitos, ideias, preferindo ficar na superficialidade do julgamento pelo esteriótipo, então é muito mais fácil apontar o dedo para o "alemão" e chamá-lo de nazista.
Mas o ponto onde quero chegar é como uma ideia plantada por uma mente doentia na humanidade pode persistir por anos, décadas, e sabe-se lá até quando, partindo do fato que ainda sofremos as consequências disso hoje.
É lógico que a mente doentia citada aqui é Adolf Hitler ou, como conhecido na Alemanha nazista, o führer (que em alemão significa "guia" ou "líder").
Não quero apagar o que houve historicamente durante o holocausto (e isso nem deve acontecer), pois fatos como estes devem ser relembrados para que nunca mais a humanidade corra o risco de cometer tal atrocidade, mas o quero apontar é como as atitudes de uma geração contaminaram todo um povo, fora aqueles que nem são alemães, mas são igualmente brancos.
É claro que aqui fica, como foco de reflexão, o pedido de que nunca uma pessoa seja julgada pela cor da sua pele, seja este branco, negro, amarelo, vermelho, ou seja lá de qual cor dentre tantas as quais possam ser identificadas, mas que, como diria Martin Luther King Jr., se forem julgadas, sejam "pelo conteúdo do seu caráter"!