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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Maldição do Führer

Este é um assunto sobre o qual há muito quero escrever!
É incrível como em qualquer momento ou lugar, e constantemente, seja por brincadeira ou até mesmo de maneira séria, sou questionado quanto à um assunto sério e, que, muito me aborrece: se sou ou não nazista!

Contextualizando, sou, como denominado por aqueles que gostam da prática da taxonomia, ariano (de pele branca); também, muito provavelmente (embora não comprovadamente) descendente de alemães, fora que costumo raspar a cabeça (o que, dentro de todo o contexto apresentado - e ainda há mais itens à frente -, na mente julgadora das pessoas, deve ser associado aos skinheads). Além disso (e associado a tudo o mais), as tatuagens e o gosto pelo heavy-metal devem formar um pacote explosivo!

Mas o detalhe todo é que, como aqueles que são mais próximos de mim sabem, sou o maior dos inimigos do racismo (além de não compactuar com as ideias nazistas). Detesto qualquer tipo de julgamento baseado na cor da pele de alguém, e isso, é óbvio, não se detém apenas àqueles que são negros (e não me venham com a denominação "afrodescendente", pois é só mais uma maneira preconceituosa de denominar alguém que não deve ter vergonha nenhuma de ser chamado de negro), mas a qualquer etnia.

Mas é claro que isso é o que menos interessa, desde que a maioria das pessoas não chega ao ponto de se aprofundar em conhecer a alguém, seus valores, conceitos, ideias, preferindo ficar na superficialidade do julgamento pelo esteriótipo, então é muito mais fácil apontar o dedo para o "alemão" e chamá-lo de nazista.
Mas o ponto onde quero chegar é como uma ideia plantada por uma mente doentia na humanidade pode persistir por anos, décadas, e sabe-se lá até quando, partindo do fato que ainda sofremos as consequências disso hoje.
É lógico que a mente doentia citada aqui é Adolf Hitler ou, como conhecido na Alemanha nazista, o führer (que em alemão significa "guia" ou "líder").



Não quero apagar o que houve historicamente durante o holocausto (e isso nem deve acontecer), pois fatos como estes devem ser relembrados para que nunca mais a humanidade corra o risco de cometer tal atrocidade, mas o quero apontar é como as atitudes de uma geração contaminaram todo um povo, fora aqueles que nem são alemães, mas são igualmente brancos.

É claro que aqui fica, como foco de reflexão, o pedido de que nunca uma pessoa seja julgada pela cor da sua pele, seja este branco, negro, amarelo, vermelho, ou seja lá de qual cor dentre tantas as quais possam ser identificadas, mas que, como diria Martin Luther King Jr., se forem julgadas, sejam "pelo conteúdo do seu caráter"!



sábado, 22 de setembro de 2012

Como é o Céu?

Há alguns dias conversava com alguns amigos quando surgiu a questão: Como seria o céu para mim?

O contexto dessa questão estava na afirmação de que a mesma pergunta havia sido feita para alguém que se dizia cristão e que havia mencionado o fato de que existiria no céu ruas de ouro e riquezas imensuráveis para essa vida, sendo que, quando questionado sobre qual seria a ultilidade de tanto ouro e riquezas, este não soube responder.

Então aqui deixo a minha reflexão sobre tal tema:

A Bíblia realmente nos fala que há tal riqueza no céu (mais precisamente na Nova Jerusalém, a cidade celestial), na passagem de Apocalipse 21: 21-27, com destaque para o versículo 21:

"E as doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente.


Na nossa conversa, houve a afirmação que tanto ouro só teria sentido de existir se houvesse onde se gastar. 



Mas o que penso é que o céu é algo muito além daquilo que possamos imaginar, assim como está escrito em 1º Coríntios 2:9, "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram o que Deus preparou para nós", por isso tal ouro e riquezas não teriam uma funcionalidade, ou seja, não são para serem gastos, como alguns pensam, mas sim estariam ali exatamente para demonstrar a sua inutilidade e pequenez diante da presença de Deus, já que estes fazem parte da construção da cidade, ou seja, como se fossem pedras para nós, objetos que não despertam o desejo de ninguém.

É claro que a nossa visão terrena e limitada não pode vislumbrar tal cenário sem despertar, no mínimo, a nossa ganância, mas pensando que a mente de Deus é inúmeras vezes mais elevada, podemos, pelo menos, tentar imaginar.

Como diria C. S. Lewis no livro "O Problema do Sofrimento", "entrar no céu é tornar-se mais humano do que jamais alguém foi na terra; [...] Ser um homem completo significa ter as paixões obedientes à vontade e essa vontade oferecida a Deus", enquanto que, em contrapartida, "entrar no inferno é ser banido da humanidade. [...] ter sido um homem - ser um ex-homem ou um 'fantasma perdido' - iria presumivelmente significar consistir de uma vontade completamente voltada para o Eu e paixões não controladas pela vontade".

C. S. Lewis

Resumindo e concluindo, o céu seria o lugar onde encontraríamos definitivamente aquela tão breve, tão fugaz alegria que sentimos em tão raros momentos nessa vida (apenas o relance que vislumbramos e que, mesmo assim, tanto nos alegra); seria encontrar o lugar para o qual fomos efetivamente criados, o molde onde nos encaixamos; por outro lado, o inferno seria exatamente o oposto, ou seja, o banimento total desse contexto, e não por que aqueles que para lá vão não mereçam isso, mas exatamente por ser o local para onde sempre desejaram ir, pois seria o local onde os desejos e paixões egoístas encontram definitivamente os seus donos.

God Bless!


Uma Gota de Sangue

Terminei, há pouco, de ler um livro e gostaria de recomendá-lo para os amigos: Uma Gota de Sangue.

 
Ao contrário do que já me perguntaram sobre ele (ou, erroneamente, até afirmaram), não é um livro religioso (por esse sangue mencionado na capa não ser o de Jesus... Pois é...) e nem um livro de vampiros (os fãs de Crepúsculo ficariam desapontados... hahaha!), mas trata-se de uma ideia muito bem estruturada sobre o pensamento racial ao longo da história da humanidade, seus conceitos e preconceitos e, inclusive, ideias que muitos de nós carregamos sobre "raças" até hoje, mas sem saber de onde são oriundas.

Passa do conceito de racismo (que possuiu, até mesmo, embasamento científico por alguns anos) até as situações locais onde este existiu, com suas peculiaridades em vário lugares do mundo, como EUA, Alemanha, África do Sul, Ruanda e até mesmo o Brasil.

É realmente uma bela obra de Demétrio Magnoli que vale a pena ser lida!

sábado, 1 de setembro de 2012

Petra

No próximo dia 14, o Petra estará tocando em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e eu estarei lá!


Isso me motiva a escrever este post por uma razão bem simples: A falta de consideração com aqueles que a merecem! Vou explicar a razão disso...

Quem conhece um pouco da história da música cristã sabe que o Petra é a banda considerada a pioneira dentro do rock cristão. Sei que muitos dos atuais membros do meio não fazem ideia disso e, muitas vezes, até ridicularizam o som do Petra que, sabemos, não é dos mais pesados, mas aqui eu deixo registrado o que penso sobre isso: E daí que o Petra não possui o som mais pesado? Eles merecem toda a minha consideração, pois estes caras foram os primeiros a dar a cara a tapa pela nossa causa, sendo, inclusive, perseguidos e apedrejados por tocar o que era denominado na época "a música do diabo" (e ainda hoje resta um pouco deste conceito!), em meados de 1972. Se não ficou claro, pense nas bandas pertencentes ao rock cristão que você gosta... Saiba que não haveria o que temos hoje em termos de liberdade e variedade dentro do rock cristão se alguém não tivesse feito o papel de divisor de águas, e estes foram os caras do Petra!



Quem me conhece sabe que o que curto mesmo é metalcore, bandas como Demon Hunter e As I Lay Dying, mas não é por isso que menosprezarei o Petra. É simplesmente RIDÍCULO não honrar aqueles que abriram as portas para que hoje pudéssemos estar aqui, sendo, inclusive, referência no metal mundial com as bandas cristãs de nossos dias, então pense nisso e reconsidere quando for falar besteira!

O povo cristão tem que aprender uma coisa: Honrar aqueles que merecem honra!
No meio secular não vemos ninguém ridicularizando, por exemplo, ao Pink Floyd, aos Beatles ou ao Rolling Stones, pelo contrário. Eles são reverenciados por terem sido os precursores! Porque não podemos respeitar aqueles que são os precursores no meio cristão também?

E para finalizar, por favor, aqueles que pretendem distorcer o que estou dizendo, já deixo claro que não falo em "adorar" ou "idolatrar" os caras, mas em reconhecer o que eles são, pois, se parar para pensar, no dia 14 estarei de frente com parte da história do rock cristão!

Alienação Versus Criatividade

Ontem, durante a aula de Economia Política, passei por um daqueles momentos incríveis que me levam à um estado de autorrealização.


Víamos naquela aula um velho conhecido de outros tempos, o grande pensador Karl Marx e toda a sua ideologia sobre o capitalismo, a sua teoria de como os meios de produção e seus donos criavam (ou manipulavam) a cultura, a ideologia, a religião e enfim, tudo aquilo que qualquer pessoa que saiba o mínimo sobre Marx saberá entender.



Então chegamos ao também famoso ponto em que Marx defendia que o capitalismo e o seu trabalho sequencial e fragmentado, situação pela qual os operários teriam que passar, os alienava, deixando-os tristes, de certa forma "burros", limitados, sem reconhecer o seu valor, e esta uma situação muito bem representada por Charlie Chaplin no filme "Tempos Modernos".

Essa foi a segunda peça no meu dia para a formação de uma ideia!

A primeira peça foi a seguinte: Durante o expediente na empresa na qual trabalho, li um artigo e vi alguns vídeos que mostravam que hoje, nos dias atuais, as empresas que possuem uma mente aberta, procurando inovações por parte de seus colaboradores (o que é relativo aos "operários" da época de Marx), saem da rotina e, muitas vezes, promovem meios para isso. Estudiosos do assunto, como Esteven Johnson, afirmam que é preciso tempo para o amadurecimento de uma ideia, é preciso criar condições para que elas surjam, e um ponto essencial para isso é quebrar paradigmas. É recomendado, inclusive, que as pessoas façam atividades diferentes das que estão acostumadas a fazer, como caminhar por ruas que não costumam caminhar, usar roupas que não costumam usar, ler livros que não são os seus preferidos, enfim, fazer algo diferente, pois todos os dias, querendo ou não, fazemos tudo igual. Levantamos e fazemos as mesmas atividades, inclusive na mesma sequência, vamos e voltamos do trabalho pelo mesmo caminho, conversamos os mesmos assuntos, e por aí afora...

Até aí, neste momento do dia, cerca de onze horas da manhã, não via nada demais nas afirmações de Esteven Johnson ou dos demais pensadores acerca do assunto, até porque já havia ouvido e lido sobre o tema, mas... durante a noite, tudo mudou!

Houve uma colisão de informações, pois a primeira peça, o quebrar paradigmas, defrontou-se com a segunda, a alienação, de Marx. O quebra-cabeça estava montado!

Isso me leva a concluir que, embora não concorde com toda a ideologia de Marx, ele realmente estava certo sobre a alienação, pois se as teorias criadas hoje falando sobre a motivação ou a origem da criatividade, mesmo que não tenham por objetivo final afirmar o pensamento Marxista, afirmam que é preciso sair da rotina, abrir os horizontes para obter um resultado satisfatório, só posso concluir que o trabalho da maneira que ocorria, sequencial, fragmentado e sem um vislumbre do todo, realmente levava o homem à uma limitação, sem criatividade em suas funções, mas apenas repetições que por fim tornariam o homem em um ser lúgubre.