Há alguns dias me peguei lendo uma passagem bastante conhecida:
"O meu povo se perde por falta de conhecimento.
Oséias 4:6.
Ao ler esta passagem me ocorreu uma ideia, uma interpretação que até então não havia associado a mesma. É sobre isso que vou discorrer neste artigo.
Deus deu ao Ser Humano algo único: A capacidade de pensar, criar, sair da chamada "zona de conforto"! Diferentemente de outros seres viventes, não nascemos com instinto, pelo menos não completamente, por assim dizer. Há algum tempo ouvi um grande palestrante brasileiro dizer que o gato já nasce com o instinto de gato, ele não precisa aprender a ser gato, apenas é. O Ser Humano não! O instinto que temos não nos garante sobrevivência, pois somos diferentes, precisamos interagir no meio onde estamos para ter um retorno. Nós nascemos com a capacidade de criar, pensar, questionar, fazer aquilo que queremos. Papagaios são ótimos em repetir frases decoradas, macacos conseguem decorar sequências, mas nunca poderão se perceber no mundo ao seu redor como nós fazemos!
Se analisarmos como as coisas aconteceram neste mundo pela perspectiva histórica, a lente da história, Deus não existe. É o que muitos historiadores dizem. Eles dizem que "Deus nunca realmente falou com seu povo, nunca realmente se manifestou, o Gênesis nunca aconteceu da maneira que cremos e a Arca de Noé nunca flutuou sobre as águas!".
Alguns pensadores arriscaram até mesmo dizer que nós é que criamos Deus, e não o contrário, como por exemplo, Ludwig Feuerbach e Sigmund Freud. Falando nisso, parece que sempre houve uma rixa entre as ciências em geral (o conhecimento) e a religião. Pelo menos num conceito geral.
Mas algo que nós, cristãos protestantes, temos que ter em mente, e aí enfim adentro no conceito referente à passagem citada no início, que temos que ter o conhecimento, sem o qual pereceremos, para interpretar uma coisa: Muitas vezes tomamos a dor pela "religião" citada acima, a opressora de pensadores, diametralmente oposta a ciência, como se fosse a nossa posição. NÃO! Nós não fazemos parte disso!
Caso falte à memória de algum leitor neste momento, foi Martinho Lutero, o pai da Reforma Protestante (ou seja, NÓS), que rachou com a religião citada em 1517, indignado pela falcatrua pela qual o povo passava, mostrando biblicamente que a salvação vinha pela graça, mediante a fé!
É preciso que estejamos no nosso lugar! Não somos os opressores! Somos aqueles que trazem as boas novas, a libertação que Jesus conquistou!
Infelizmente vemos muitos cristão ignorantes em seu conhecimento, quando a Bíblia nos alerta para que estejamos sempre crescendo em conhecimento (Romanos 12:2). Um exemplo que devemos seguir dos tempos bíblicos é de quando o Apóstolo Paulo prega em Atenas (Atos 17: 16 a 34), para nada mais, nada menos que os pais do conhecimento moderno: Os filósofos atenienses.
É interessante perceber que Paulo não fica constrangido, pois tinha além da presença de Deus, o conhecimento!
Na era moderna, não a muito tempo melhor dizendo, vemos um filósofo inglês que, ao questionar a Deus e à Sua existência, acaba O encontrando. Falo de C. S. Lewis (escritor de "As Crônicas de Narnia", entre outras obras), aquele que se tornou conhecido como o "Elvis Presley da Bíblia".
Vemos nessas duas pessoas conhecimento, destreza, pensamento, crítica e tudo isso associado com o poder de Deus!
É preciso que, assim como Paulo, C. S. Lewis e tantos outros, tenhamos além da fé em Jesus Cristo, conhecimento, fundamentos, experiências com Deus para que isso nos embase na nossa caminhada. É inadmissível que a Igreja de Cristo seja tachada de ignorante, que não saiba quais são as suas raízes e que não use ao máximo o potencial dado por Deus!
Para finalizar quero deixar como dica de leitura um livro que adquiri há algum tempo e fecha com este assunto: O Delírio de Dawkins.
Este livro é escrito por um Cientista Cristão, Alister McGrath, que usa a ciência e seus argumentos para fundamentar a existência de Deus, rebatendo o Livro "Deus, Um Delírio" de Richard Dawkins, também Cientista, mas que escreve um livro sem nenhum argumento científico, tendo apenas fundamentalismo ateísta para fundamentar suas críticas a Deus.
Este é um bom exemplo de como usar o conhecimento à favor de Deus!
Um abraço e Deus abençoe!
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