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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Amizade e Café

Há alguns dias passei por uma situação que me fez questionar algumas coisas. Na verdade ainda estou no processo de "digestão" ou processamento da mesma! Temos algumas pessoas as quais consideramos amigos, mas até que ponto temos reciprocidade nisso? De repente esta seja uma pergunta que nunca seja respondida, pelos mais variados motivos e, infelizmente, estamos no escuro quando escolhemos confiar em alguém! O que fica é uma sensação estranha de deslocamento, estranheza e dúvida após uma situação desagradável, pois onde nada foi quebrado (por você, no caso) nada precisa ser consertado, a princípio... O risco é convergir para o auto-ostracismo, pois a tendência é se defender, e cada vez mais, até que todos sejam suspeitos de estarem numa espécie de conspiração. Enfim, mesmo com esse quadro pintado, isso é administrável. Para fechar este momento de reflexão encontrei uma frase muito interessante que vem ao encontro do caso citado por dois motivos: por fazer analogia a uma bebida que, não é novidade, aprecio muito, que é o café, e por ser de quem é! A frase é de Immanuel Kant, e diz que "a amizade é semelhante a um bom café: uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor". Começo a pensar mais profundamente nessa ideia agora, embora, conforme diz um outro provérbio popular, "nunca foi um bom amigo aquele que por pouco quebrou uma amizade".

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