Ultimamente me pego, por inúmeras vezes, pensativo quanto a um assunto que, acredito, deve atormentar a vida dos filósofos: Se eu morresse hoje, o que ficaria de mim?
Tenho me feito essa pergunta e acredito que eu não seja o único a fazê-la, apesar de não me encontrar em um estado terminal, quando ela deve surgir com força total na mente de qualquer pessoa. Não quero divagar demais, mas acredito que essa ideia surgiu quando folheava o livro "Qual é a Tua Obra" do filósofo Mário Sérgio Cortella, onde é tratada essa ideia do que deixamos aqui, a nossa obra nessa vida.
Outra possível razão é uma palestra que assisti dias atrás, que tinha como tema a gestão da marca pessoal e nela havia uma afirmação: Você é um adjetivo! Como não poderia ser diferente, fiquei me questionando sobre qual seria o adjetivo que mais se enquadraria para mim, mas é óbvio que isso não seria eu quem iria responder, pois somos adjetivos para as outras pessoas, que nos cercam e nos conhecem e, assim, conseguem sintetizar, de certa forma, a nossa essência; ou ainda para as pessoas que não nos conhecem e, por isso, criam em nós um adjetivo baseado num preconceito, numa imagem que pode ou não ser real. E por mais que se questione qual seria o adjetivo ideal para mim, alguém poderia não ser sincero ao responder, por temer criar alguma situação, por temer ser sincero demais, enfim, ou por qualquer outra razão.
De qualquer maneira, dias atrás vi meu filhinho de três anos sentado no sofá da sala cercado por três livros, que continham mais figuras do que palavras (nada mais coerente para alguém com tal idade). Ao ver a cena confesso que achei o máximo e fiquei ali parado, reparando aquela situação e, de repente, ele me olha e diz: Pai, tô lendo livros igual a você!
Aquilo me impactou, pois ao ver que vivo cercado de livros, ele foi influenciado a fazer o mesmo, ou seja, algo ficou de mim para ele, apesar da tenra idade. Isso é apenas uma amostra de uma situação onde vi como nossos atos refletem algo ao nosso redor e nas pessoas que conosco convivem, recebendo um pouco do nosso legado.
É lógico que espero muito mais do que isso! Espero poder ser lembrado por valores, princípios e ideias, algo mais elevado do que apenas costumes e hábitos e, também sei, que isso dependerá da minha conduta agora, pois esse legado é algo que ficará de mim.
Esse questionamento é válido para que possamos melhorar a cada dia: Qual será o meu legado? Qual é a minha obra?
"As palavras do sábio o tempo não destrói!" - Portais Eternos - Stauros
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